Just Give Me a Reason - Capítulo 1/2º Temporada - I hate you, but i hate me more

02/06/2014 | | | 2 comentários:

Você Pov.


        Ainda não sei oque estou sentindo e nem oque devo sentir, mas acho que nenhuma garota no mundo em sã consciência faria oque eu fiz. Como pude terminar como um garoto tão perfeito quanto o Louis por um ordinário como o Harry. Digamos que eu não tenha o trocado pelo Harry pois não estou com nenhum dos dois, apenas percebi que não era certo usar Louis de tal maneira, eu o amo, de verdade, mas algo no idiota do Harry me fiz sentir viva, me faz sentir como se eu não fosse tão má de verdade. Mesmo que eu odeie ter de admitir isso ele me faz feliz enquanto não age como um otário. é como se eu quisesse esganá-lo e abraça-alo ao mesmo tempo, como se eu lhe desse um soco e me sentisse no dever de pedir desculpas logo depois, eu odeio isso. Mas o pior de tudo é que sempre que digo que ele não precisa mais falar comigo uma vontade enorme de pedir perdão e abraça-lo me toma, e tenho medo de que algum dia desses ela seja maios que o meu bom senso. Tento ao máximo não me desculpar com ele, por qualquer coisa que tenhamos brigado, até por que sei que ele não faria isso por mim.
     Os momentos bons que tive com Louis começaram a passar em flashs em minha cabeça. Nunca havia percebido como ele sempre me olhava com uma cara de apaixonado. Me lembrei do dia em que ele me levou ao parque de diversões, quando fomos á praia, quando fizemos um pique-nique no parte, e quando simplesmente ficamos em casa assistindo aos nosso filmes e séries favoritas. Aquilo só me deixou com mais culpa do que já sentia por tê-lo usado por tanto tempo. Senti meu olho marejar, tentei me conter mas aqueles pensamentos parecia estar fixados em minha mente para que eu não me esquecesse da besteira que fiz. Me deitei em minha cama, algumas lágrimas respingaram pelo lençol. Aquele jeans me desconfortava. Abri meu guarda-roupas e puxei meu pijama que estava atrás de um casaco meu. Meu caso caiu no chão e foi então que percebi o quanto o destino é um tolo. 
    Do bolso de meu casaco uma foto minha e de Louis na cabine de fotos do parque de diversões caiu para fora do bolso. Peguei-a do chão, agora minhas lágrimas estavam em um ritmo mais constante. Observei cada uma das fotos, nos observei fazendo caretas, me vi sorrindo e vi Louis me olhando e sorrindo bobo e finalmente vi a foto que mais me dava saudades dele, a de nós nos beijando, como um casal de filme, e foi então que percebi o quão felizes éramos, ou o quão Louis era feliz e o quão eu fingia ser. Não sei bem por que, talvez pelas lembranças dos bons tempos que passamos, mas apenas sorri. Uma lágrima caiu sobre o rosto de Louis na primeira foto e escorreu pela segunda, parando da ponta da terceira foto, limpei-a e apertei-a contra meu peito, como se pudesse abraça-la, coloquei meu casaco de volta em meu guarda-roupas e vesti meu pijama.

~Flashback On~

Você: Bom, já que você vai hoje, precisamos conversar. - Eu gelei, começou pela espinha e se espalhou por todo meu corpo.
Louis: Tudo bem, pode falar pequena. - Argh, o jeito fofo dele só me fazia sentir pior. Mas eu tinha que dizer aquilo.
Você: Louis, eu.... Eu estou sendo injusta com você. - Disse rápido.
Louis: Hãm?
Você: Isso não pode mais acontecer, isso não é certo. - Dei as costas a ele e me sentei no sofá.
Louis: Isso que (Seu/Nome), você está me deixando preocupado.
Você: Eu estou fazendo algo com você que para falar a verdade não devia nem sequer ter começado, mas eu estou um pouco insegura em te dizer, não quero mago-alo, sabe que eu não suporto te ver triste. - Ele suspirou pesadamente como se soubesse oque eu queria dizer. Estava ao meu lado me observando, aqueles olhos verdes azulados procurando algum vestígio em meu rosto que o desse uma dica para saber sobre oque essa conversa se tratava.
Louis: Oque quer que seja tem de me dizer, isso parece estar te sufocando. - Ele colocou uma de suas mãos sobre minha coxa, e eu levantei meu olhar até ele.
Você: E, está. - Admiti.
Louis: Vai em frente, diga.
Você: Tudo bem. - Suspirei profundo. Eu te amo Louis, sabe disso, mas esse amor não têm me parecido certo. A outra pessoa no qual quando eu te beijo posso ver o rosto dela, a outra pessoa ocupando meu coração, mesmo que eu não queria que ela o faça. Quando dormimos de conchinha, quando você me puxa mais para você na cama é dele que eu lembro. Eu queria que não fosse assim, eu queria nunca ter feito nada disso, isso não é justo com você Louis, você é muito perfeito para mim, merece alguém que te complete, eu não mereço você Louis.
Louis: Mas então você... - Se interrompeu na esperança de que eu completasse sua frase.
Você: Sim Louis, eu estava te usando. Todo esse tempo eu fingi um amor que era pra ter sido verdadeiro, eu fingi te amar do modo como você me ama Louis, me desculpe por isso. - Meus olhos arderam, lágrimas escorreram e eu não sentia vontade de contê-las. Eu não sabia bem oque Louis poderia fazer, por que eu não sabia como ele estava se sentindo. Mas me surpreendendo de verdade ele me abraçou, ele me abraçou apertado, como se eu nunca tivesse feito nada disso com ele, eu o abracei me sentindo pelo menos 0,001% melhor. - Me desculpe Louis, me perdoa por favor, eu sei que fui uma pessoa horrível com você e...
Louis: Não se desculpe, vou confessar que não gostei nada nada do que fez comigo, sabe que isso não é certo, mesmo que um pouco atrasada você foi forte o bastante para me contar isso, e eu te admiro por isso. - Ele acariciou meu cabelo. E eu o apertei mais, como pude ser tão má com um garoto tão doce?

~Flashback Off~
 
    Foi me lembrando desse tipo de coisa que me senti pior, me senti idiota, otária, ridícula. Eu não ainda não sabia oque eu deveria sentir mais foi então que entendi oque estava sentindo, não tinha nada haver com nenhum dos dois e nem com ninguém tonha haver comigo, eu sentia raiva de mim, sentia ódio de mim por finalmente entender que realmente amo Harry.
  Naquela noite eu tive um sonho. Me deitei mais para pensar do que dormir, fechei os olhos forçando um sono que não existia. Não ainda. Olhei para o relógio no criado-mudo ao lado da minha cama, 3:27 e eu ainda não havia dormido. Mas foi quando minha visão começou a turva e quando finalmente cai no sono.
  Olhei em volta, era um campo de girassóis, muitos girassóis e extremamente amarelados. Eu estava com um vestido branco solto que ia até meus pés, que a propósito estavam descalços. Corri por entre as flores. O sol queimando de um jeito muito bom em minha pele. Parei de correr assim que me vi em um penhasco, um rio de águas cristalinas corria ali á baixo. Me assustei ao sentir uma mão quente em meu ombro, me virei e o vi. Os olhos verdes me fitando de um jeito indesvendável, profundamente, o típico sorriso torto nos lábios. Sem dizer nenhuma palavra ele levou sua mão até o lado esquerdo do meu peito, a mão quente. Ele cravou suas unhas, colocou sua mão em meu peito como se procurasse algo dentro, abri a boca para gritar mas não emiti nenhum som. Levantou sua mão suja de sangue segurando meu coração que ainda pulsava sangue, olhou para mim e sorriu inocente, um sorriso sincero, com se não tivesse acabado de fazer nada. E por mais repulsa que eu tivesse por ter feito isso ainda sorri em resposta. Sibilei ''te amo'' mesmo tendo enojado tal ato. Pássaros negros que até o momento eu não havia visto me cercaram como em um redemoinho ao meu redor, minha visão ficou turva e escureceu enquanto sentia cair do penhasco ainda com os pássaro a minha volta.
    Me sentei na cama num pulo, minha respiração acelerada, minhas mãos suando frio assim como minha testa, levei alguns segundos para que minha respiração voltasse ao seu ritmo normal, Olhei novamente para o relógio, 4:17. Me deitei novamente e me cobri tentando espantar aquele sonho ou qualquer coisa que ele possa significar.

Louis Pov.


     Eu ainda me lamentava pelo que havia acontecido, eu sentia muita falta dela, sentia fala de tudo nela, sentia fala de como nós éramos, e ainda não acreditava que ela havia feito isso. Claro que eu quis me jogar na cama e chorar naquele momento, mas não ia fazer isso na frente dela. Então apenas fingi entender e perdoa-la. Na verdade eu fui sincero quando a perdoei, mas isso não significa que eu tenha esquecido oque ela fez comigo. Não gosto de guardar rancor, mas não consigo esquecer tão facilmente quando alguém me machuca simplesmente não sai da minha mente o fato de eu ter sido enganado pela garota que eu amo. Como pude ter sido tão idiota?
     Por outro lado sinto que estou numa montanha-russa que só vai para cima se tratando da música, têm sido muito bom estar em uma turnê pela América, mesmo sendo pequena é um grande passo, e os fans aumentam cada vez mais, e parecem ser diferentes em cada lugar que passamos, é sempre bom esquecer de tudo por pelo menos um tempinho. Agora estou em Las Vegas, é tão colorida, tão agitada, mas pelo meu estado emocional parece mais cinza do que o livro ''Cinquenta Tons De Cinza''.
    O jet-lag daqui é bem diferente de o de Londres, são mais ou menos quatro horas de diferença, embora estivesse um pouco cansado com essa bagunça de horários decidi não me deitar tão cedo essa noite. Por que sei que no estado em que estou não vou conseguir dormir tão fácil assim, e então com certeza vou pensar nela, oque vai me fazer me sentir idiota e mais idiota ainda por não ter conseguido gritar com ela ou discutir e por simplesmente tê-la perdoado assim tão fácil. Por isso tomei um banho e decidi sair para andar, falei com algumas poucas fans que estavam do lado de fora do hotel e fui andar pela cidade.
   Era tudo tão bonito, tudo tão agitado, cassinos coloridos, pessoas fantasiadas de diversos personagens na ruas, a noite tão mais alegre lá, pubs com luzes piscantes e com seguranças alto e grandes na frente, prédios altos com telões onde passavam anúncios de todo tipo de coisa, grupos de pessoas fazendo flashmobs e todo tipo de loucura que Las Vegas poderia proporcionar.
   Passei um tempo em um cassino apostando com alguns empresários provavelmente sem algo melhor para fazer ao lado de algumas garotas vestidas groupies, ou melhor de coelhinhas da PlayBoy. Consegui até que uma boa grana com isso, mesmo que tenha perdido mais de uma hora e meio jogando, sai de lá antes que virasse a noite apostando. Sai de lá e mesmo sendo um pouquinho mais da meia-noite ainda estava tudo muito agitado, sem saber para onde ir apenas me dirigi para uma casa noturna muito agitada e bombada por sinal, no letreiro de letras grandes, piscantes e coloridas lia-se ''Rok Vegas''. Assim que o segurança bem mais alto e forte que eu parou em minha frente como um poste mostrei minha identidade dando-o a certeza de que eu era maior de idade, porém ainda ao passar ele me semicerrou os olhos desconfiado.
    Lá dentro estava tudo bem agitado, casais dançando, se pegando, grupos de meninos e meninas conversando, pessoas bebendo. A fumaça cenográfica logo tampou a visão de meus próprios pés. Me dirigi de cabeça baixa até o minibar e sentei em um banquinho vermelho e alto da mesa do barman, apoiei meus pés na alça para reclinar o banco e levei minha atenção até a pista de dança. As luzes coloridas tocavam meus olhos e meu corpo a cada meio segundo, aqueles casais, se pegando e dançando de um jeito que qualquer velhinha consideraria sexual não estavam ajudando. Virei aquele banquinho vermelho para pedir uma tequila ao barman e foi quando dei de cara com uma garota. Ela tinha os cabelos loiros e levemente encaracolados, um grande borrão negro era oque estava sob seus olhos azuis, sua pele era pálida, e suas curvas eram, vou confessar, excitantes.
      Voltando ao meu plano de início pedi minha bebia e logo deslizando a bebida até mim o barman trouxe minha tequila, e segundos depois a dela. Tomei tudo que continha naquele copo baixo e largo num só gole, meu olhos lacrimejaram com tal ato e ao mesmo segundo que bati meu copo na bancada do minibar ela o fez e me fitou antes de virar-se. Pedi outra rodada, agora de whisky e ela de Vodca, e novamente em menos de alguns minutos o largo copo com a bebida colorida já estava de volta, peguei-o agora sentindo mais o ardor da bebida do que da anterior, assim que bebi senti aquele ardor já tão familiar em minha garganta, voltei minha atenção até a pista de dana e todos os outros pontos daquele lugar, me peguei olhando para um ponto fixo durante algum tempo mas logo o tilintar de algo batendo me tirou de meu transe, rapidamente corri os olhos ao que parecia ser aquilo e logo vi que a gora já havia terminado seu segundo copo desde que a havia reparado. Alguns minutos depois terminei o meu, já não me sentia mais tão em mim. De costas para mim ela pegou o cardápio e com o dedo indicador sempre pra cima e pra baixo na direção de vários nomes de bebidas parecia estar indecisa entre duas, por fim parou o indicador em uma que eu já conhecia.
Louis: Ah não, Bloody Mary não. - Indaguei e num movimento rápido ela estava virada para mim. trajada de preto da cabeça aos pés, seu vestido curto de mais, e as pernas cruzadas e desnudas. - Um daiquiri de morango faz mais jus a sua delicadeza, babe. - Disse eu com um sorriso sapeca no rosto, certamente caçoando da garota. Ela deu de ombros mas ainda sim pediu a Blody Mary. - Oque faz aqui? Quer dizer, aqui é Vegas babe, a cidade do pecado!
Xx: Estou tentando descobrir, apenas sai para beber.
   Pedi uma bebida com nome extravagante e que parecia ser forte, mas na verdade eram só mais três bebidas misturadas.
Louis: Não está tão diferentes de mim. Mesmo isso soando estranho ou até idiota estou bebendo para esquecer alguém.
Xx: Felizmente nunca precisei passar por isso. - Disse abrindo a mão analisando suas próprias unhas pintadas de um preto fosco.
Louis: Okay senhora Eu-não-preciso-de-ninguém, e qual seu nome?
Xx: Na verdade, eu prefiro que você continue com o ''babe''.
Louis: Mas sabe, eu posso precisar para ''eventuais consultas''. - Disse fazendo aspas imaginárias.
Xx: Beatriz, pra você pode ser Bea.
    A Bloody Mary dela e minha bebida chegaram, a minha num tom de verde que deixaria qualquer um extasiado e a dela num tom de rosa que doía as pupilas. Ela jogou fora o pequeno guada-chuva que havia.
Louis: Uau, a terceira em aproximadamente 15 minutos, acho que alguém vai carregada pra casa hoje. - Disse puxando pequeno banco mais para perto dela e levando minha mão a sua cintura ainda por cima do vestidinho preto mas por baixo da jaqueta de um couro brilhante. Okay, o álcool já estava em minhas veias. Tomei toda minha bebida novamente em um só gole e era bem mais forte do que pensei, meus olhos lacrimejaram um pouquinho e minha garganta ardeu, num movimento involuntário apertei minha mão contra sua cintura.
Bea: Bom, pelo menos eu não sou fraca para bebidas. - Caçoou.
Louis: Comporte-se. - Olhou para mim com uma das sobrancelhas arqueadas como se falasse ''Oque você disse?''.
Bea: Eu preferiria me jogar de baixo de um caminhão a te obedecer.
Louis: E eu seria o caminhão. - Disse sorrindo malicioso.
Bea: Sabe que vai precisar mais do que isso, não é? - Disse se virando para mim com um ar de ''Sou Difícil'' no olhar.
Louis: Não tem problema, até por que dizem que tudo que vem fácil vai fácil. - Disse e colocando entre meus dentes o palito colorido no qual havia espetada uma azeitona a tirei dali de um jeito sexy e logo depois descartei o palito. Mais alguns segundos de silêncio.
      Alguns minutos depois o DJ em um palco alto começou a rodar ''Selfie'' do Chainsmokers ou do Tiësto, eu não sabia dizer, outro efeito colateral de se estar alcoolizado, mas eu não precisava saber, era apenas uma música que eu conhecia. Desci do banquinho e peguei-a pela mão levemente, enquanto a mesma me soltou e andou confiante até a pista de dança. Agora minhas duas mãos estavam em sua cintura a apertando um tiquinho mais forte que antes. Suas mãos em meus ombros, nossos narizes roçando, acho que cheguei a fechar meus olhos na intenção de beijá-la, mas me senti um idiota logo em seguida.
Bea: Desista. - Ela disse em meu ouvido, seu lábios quentes em minha orelha.
  Ela virou-se de costas para mim e entrelaçou suas mãos em minha nuca confiando por um segundo que eu não fosse deixa-la cair, ambos dançávamos no ritmo da música, agora com nossos corpos tão próximos e dançando loucamente tudo a nossa volta pareceu sumir, a música ficou cade vez mais baixa a nossa volta, as luzes piscantes agora eram apenas flashes no chão e no teto e todos pareceram sumir, estávamos apenas eu e uma garota que eu mal conhecia dançando como nunca antes. Mas no que pareceu uma fração de segundos havíamos dançado muitas músicas e logo estávamos exaustos e suados. Caímos cansados num daqueles sofás que são presos as paredes, esperando ansiosos que nossas respirações voltassem ao normal. Ficamos assim durante alguns minutos e logo estávamos de volta a nosso ponto de partida, os bancos altos e vermelhos do mini bar. Ela pediu vodca, assim como eu.
Louis: É muito álcool para uma menininha. Tisc tisc. Criei um monstro.
Bea: Se nem meus pais me criaram, oque dizer de você que meu conhece a algumas horas. - Disse rodando contra a testa o pequeno copo com alguns cubos de gelo, numa tentativa de amenizar o calor. - Mas confesso que não me lembro de ter me divertido assim em anos.
Louis: Bem-vinda a vida de Louis Tomlinson. babe!
Bea: Ao que me parece sua vida não é tão legal assim, afinal você estava bebendo para esquecer alguém, não é? - Eu ri. Pois é, ainda sim era verdade.
    Conversamos durante algum longo tempo e dançamos mais uma última música antes que me desse conta de que ainda teria de ir para o hotel e acordar cedo no outro dia. Saímos da ''Rok Vegas'' e eu ainda tinha minhas mãos em sua cintura.
Louis: Bom, acho que seira melhor que eu a acompanhasse até em casa, afinal você bebeu muito.
Bea: Eu não vou precisar, obrigada Tomlinson. - Disse e foi até o outro lado da rua onde tirou de trás de uma moita uma Harley Davidson vermelha.
Louis: Parece que você arranja um jeito de me surpreender a cada minuto.
Bea: Eu faço isso? - Disse colocando o capacete vermelho e prendendo a fecho embaixo de seu queixo. - Isso é um bom sinal. - Disse e subiu em sua Harley Davidson. - Okay, obrigada por tudo Tomlinson.
Louis: Disponha Bea. - Disse sorrindo. Ela girou os pulsos acionando o acelerador duas vezes. - Hey Bye, só um minuto! - Disse ela se virou. Você ainda não está sóbria, na verdade longe disso. - Ela riu. - Isso não lhe daria problemas?
Bea: É para essas ocasiões que eu trago isso. - Disse tirando do bolso de sua jaqueta um bolinho de dólares enrolados em um elástico.
Louis: Suborno? - Levantei uma das sobrancelhas.
Bea: Digamos que seja uma ''ajuda''. - Ambos rimos. - Até mais. - Ela me contornou rapidamente em sua Harley Davidson vermelha e saiu ecoando o som do motor da moto pelas ruas.
    Voltei de apé até o hotel e entrando de fininho tentando fazer o menor barulho possível acabei por acordar Niall que coçando um dos olhos com o dorso da mão me viu passar.
Louis: Niall, eu só havia saído e...
Niall: Não se preocupe Louis, eu guardo seu segredo. - Sorri.
      Depois de um longo banho me deitei e repousando minha cabeça no travesseiro pensei. No fim das contas aquele não tinha sido um dia tão depressivo quanto eu pensei que seria, tinha sindo até divertido afinal.

Sara Pov.


    Realmente queria esquecer aquilo, faziam tantos dias que mesmo tendo sido um grande choque para ambos não me surpreenderia se Niall já tivesse esquecido. Mas ainda sim toda noite eu me lembrava de cada uma daquelas palavras, daquele dia e de tudo em diante, aquilo me atordoava como um pesadelo constante, mas nesse caso haveria uma saída permanecer alerta, o meu pesadelo foi real e parece ser mais real a cada dia. Eu estava simplesmente me odiando cada mais simplesmente por ter sido inútil na provável melhor coisa que eu poderia dar a Niall, mas bom, isso não aconteceu. Nunca me senti tão inútil quanto agora, é como se eu tivesse cometido o maior crime á Niall, como se eu tivesse o magoado oque é meio que verdade, tento me convencer de que a culpa não é minha todo dia, mas no fundo, bem lá no fundo eu sei que sim, aquilo foi culpa minha.
    Encolhida no chão e encostada numa das paredes cor de creme do meu quarto eu me lembrava como de costume das palavras que nos foram ditas naquele dia. Eu chorando como sempre, os flash de Niall assim como eu chorando mais ainda sim dizendo que tudo ficaria bem e que não era culpa, mas sei que bem lá no fundo eu havia o magoado. 

~Flashback On~
                                     
   O ódio que estava sentindo de Niall naquele momento era maior do que qualquer sentimento que eu tivesse por ele. Aquele idiota havia me prometido que não trocaria mais nem uma mensagem com a vadia da Barbara. As nossas promessas feitas, juras de amor eterno tudo sendo jogado no lixo, indo por água abaixo, pensei. Eu já perdi as contas de quantas briguinhas idiotas essa vadia nos proporcionou, mas nem uma dela tinha sido tão séria quanto essa. Niall deu sorte por aquele vaso da Maura não tê-lo acertado. Ele diz que o problema sou eu e esse meu ciuminho idiota quando na verdade sabe que a culpa foi dele por ainda sim tendo me prometido não ter mais contato com ela ainda trocam mensagens. Argh! Idiota, ordinário, estupido, otário. Eram alguns dos apelidos com o qual eu havia lhe dado agora.
    São quatro horas da manhã e uma garota grávida na adolescência com o coração destruído por seu namorado imbecil dirige a mais de duzentos quilômetros por hora chorando o máximo que pode. Os para-brisas pra lá e pra cá num ritmo constante, tentando numa tentativa nula desembaçar os vidros respingados de gotas de uma chuva muito, muito forte. Todas aquelas coisas a minha volta estavam me deixando extasiada, como se me hipnotizassem, o sono me vencendo, a última coisa que me lembro antes de apagar é de passar a mil por uma ponte e de me afogar, depois disso, apenas o breu.

2 Dias depois do acidente...

     Um clarão de arder as pupilas me acordou, piscando meus olhos algumas muitas vezes demorei a perceber onde estava. Um quarto em clores pastéis claras, algum aparelho bipando a cada segundo. Num movimento involuntário tentei me levantar, mas fui impedida por um soro que estava ligada a uma veia minha, por um gesso vermelho e pesado que havia em minha perna direita e por uma enfermeira já ultrapassando um pouco a meia-idade
Enfermeira: Hey mocinha, aonde você pensa que vai? - Disse e eu me deitei de novo, ela me cobriu com a coberta na altura do peito.
Sara: Oque... Oque eu estou fazendo aqui? - Disse eu coloquei a mão em minha testa sentindo minha cabeça latejar.
Enfermeira: Está doendo? - Assenti devagar e em um copo plástico ela me deu algum tipo de analgésico - Não se lembra?
Sara: Na verdade, a última coisa que e lembro é de estar caindo num rio.
Enfermeira: Bom, acho que isso explica algumas coisas, não é? - Disse retirando meu soro e trocando por outro.
Sara: E qual é o mu estado? Qual é o nosso estado? - Disse colocando a mão na barriga acariciando oque acho que no fim das contas eu já amava. Ela escreveu algo em uma prancheta e logo em seguida um médico de cabelos grisalhos abriu a porta entrando rápido, logo em seguida aqueles olhos azuis agora um tanto inchados me fitaram, o cabelo bagunçando a expressão de sono misturada com algo em seu rosto que  parecia indicar que ele havia chorando. Não me atrevi a perguntas se isso havia mesmo acontecido. Todos estavam com expressões tristes e isso estava me deixando preocupada, muito preocupada. Antes de por fim falar aquele doutor suspirou pesadamente. Niall procurou minha mãe e colocou a sua sob a minha fazendo pequenos círculos com dedão.
Doutor: Sara, na verdade, apenas você sobreviveu. - Outros suspiro pesado. - Sinto muito. A partir daquele momento senti meus olhos arderem e logo lágrimas saírem Niall chorando assim como eu me abraçou, vê-lo daquela maneira era de cortar o coração.

~Flashback Off~

''Apenas vocês sobreviveu...'' 

    Essa voz ecoava em minha cabeça como se fosse o som mais alto naquele quarto, ou o som que apenas eu conseguia ouvir. Ele se despedindo de mim antes de embarcar dizendo novamente que tudo iria ficar bem, me desculpando mas ainda sim me dizendo ter a certeza de que aquilo não tinha sido culpa minha, e ''eu te amo'' acompanhado de um beijo jogado no ar. Meu quarto escuro, meu moletom molhado de tanto que chorei, o tique-taque ensurdecedor do relógio, e o fato de seu saber que nada nem ninguém poderia me impedir. Eu já havia visto algumas pessoas fazerem isso, eu não tinha visto bem ali na minha frente, mas tinha noção do que seria. Não sei bem se isso resolverá meu problema ou será só mais um a minha extensa pilha de problemas acumulados, mas estava realmente pensando em o fazer.
    Ainda não tinha certeza se iria mesmo fazer isso, precisava de um sinal algo que me dissesse que ''sim'' ou que ''não'', mas não sabia oque. Enxuguei com a manga de meu moletom algumas lágrimas insistentes como se me implorassem para sair e me levantei, descalça caminhei até o interruptor de luz ao lado da porta e o acendi aquilo queimou minhas pupilas como se alguém tivesse acendido um isqueiro em meus olhos, abri a porta de meu quarto e sai. Embora ela tivesse estado trancada ali o dia todo eu sabia que ela estava ali.
Sara: (Seu/Nome)? Posso entrar?
Você: Eu quero ficar sozinha, saia daqui!
    É como dizem ''Pra bom entendedor meia palavra basta'', eu tinha levado aquilo como um ''sim'', voltei até meu quarto e me tranquei no banheiro. Fechando a porta branca me deixei deslizar até estar sentada no chão novamente, senti o chão frio gelar todo meu corpo lentamente. Observando aqueles pequenos ladrilhos num tom de azul-bebê me perguntei mais uma vez se era isso mesmo que eu iria fazer. Mas tudo apontava que sim. Baixei a tampa da privada e me sentei sob a mesma, abri a pequena porta do gabinete e de lá tirei um gilete ainda na embalagem, suspirei olhando as laminas contra a luz. Puxei a manga de minha blusa e depois de um suspiro profundo passei a rapidamente por minha pele pálida. Fechei a mão serrando meus punhos enquanto sentia aquela dor. Quatro cortes extremamente milimétricos por conta das laminas se formaram e dentro de alguns segundos sangue começou a sair dos mesmos lentamente.


   E lá se foi o primeiro corte, e o segundo, e o terceiro, e o quarto, aquilo doía, e como doía, mas a partir do momento em que meus pulsos doíam ao invés de meu coração as lágrimas paravam, aquilo pareceu funcionar como um remédio pra mim. A partir do quarto corte comecei a me sentir meio zonza e tudo a minha volta pareceu girar por alguns segundos, guardei aquela gilete na gaveta do gabinete novamente, abri a torneira e deixei a água fria escorrer pelo meu braço, mas aquilo soou mais como se eu estivesse jogando sal, fiz uma careta sentindo o ardor.
    Desci novamente o manga de meu moletom que era na verdade apenas um moletom de Niall vestido em mim e cambaleei até minha cama. Apertando o travesseiro contra mim como num abraço senti minha visão ficar turva e com uma última lágrima ainda escorrendo porém agora com meu olho fechado dormi.

Olá novamente e, nossa, quanto tem, não é?
Bom, como toda essa correria de trabalhos e provas e ''coisinhas mais'', só consegui postar agora, mas espero que entendam e quando chegar as férias eu vou poder postar com mais frequência
Okay, críticas são bem vindas desde que sejam construtivas, e todo tipo de comentário que quiserem fazer sobre o capítulo, espero que tenham gostado do mesmo, bye!